Prevenção segue como maior arma contra a doença
Por Lisiane Flor
Quase 60 mil novos casos de câncer de mama serão registrados no país este ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Como o segundo de maior incidência entre as mulheres, a sua taxa de mortalidade ainda é alta por causa do diagnóstico tardio. Hoje, a sobrevida média após cinco anos é de apenas 61%.
Como a mamografia só é indicada a partir dos 50 anos, salvo casos com histórico familiar, um modo de se prevenir é com o apalpamento dos seios. O autoexame não substitui a consulta médica, mas pode contribuir para um diagnóstico precoce.
“Outras formas recomendadas são a prática de exercícios físicos e alimentação saudável, que ajudam não só para a prevenção do câncer de mama, mas de outras doenças ocasionadas pela má qualidade de vida”, afirma o mastologista Dr. Eduardo Petribu Faria.
Extremamente comum entre as mulheres, o que muitos não sabem é que o câncer de mama também atinge o sexo masculino. Apesar de ser em menor número, a falta de informação pode ocasionar um diagnóstico tardio e diminuir as chances de cura.
Helane Cabral, 43, é advogada e através de um diagnóstico precoce conseguiu se curar do câncer na mama esquerda em 2006. Os cuidados e o monitoramento médico ajudou a encontrar o segundo câncer depois de 4 anos, também na mama esquerda. Isso proporcionou uma recuperação mais rápida “Não parei minha vida, trabalho, cuido do meu filho, da minha casa. Trabalhar é o que mais me faz bem”. Determinada, nem a cirurgia que tinha sido marcada dois dias depois do seu concurso para juíza do Estado de São Paulo a fez parar. Hoje seu lema é a prevenção.
Prevenção
Além do exame de toque e a visita ao mastologista, várias formas podem ajudar na prevenção. Mudar os hábitos e manter um estilo de vida saudável colabora na prevenção de diversas doenças como pressão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras. Uma dieta equilibrada e a prática constante de exercícios físicos é uma recomendação unânime entre os profissionais da saúde. O Instituto Oncoguia traz mais algumas recomendações em seu site.
Legislação
O método mais importante e seguro ainda é a mamografia. O país tem cerca de 5 mil mamógrafos, sendo metade no SUS. Mas a maioria está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, além das peças que estão em desuso por falta de manutenção ou de mão-de-obra especializada.
A lei 12.732, instituída em 2012, determina que a paciente tem o direito de iniciar o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico de câncer. Mas por falta de gestão, o tempo médio para uma radioterapia ainda é de 120 dias. Considerando a espera pelo sistema público de saúde, os exames precoces tem um maior peso diante da prevenção da doença.
A lei 11.664 de abril de 2008, também foi uma vitória para a saúde da mulher. Ela implica que toda mulher a partir dos 40 anos tem o direito de realizar o exame preventivo.
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